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Entre planos de aulas e aulos de platôs o Plato cheio de montanha harpo no Rio a dor e eu desapareço pra escrever Nostaljo e melancólo alucinações de que tenho sede e que estorvo e estarvo de fome de saber Côrvo da mente entre dedos acesos e curvos E trêmulos Tenho sede Tenho sede do poema que me diga o que eu mesma não saberia além de mim quando me chega saber dessas viagens que me vagam dessas faltas que me vacam dessa vacância em vagância intermitente ocupada em que me desaviso me esqueço porque senão... de-morro E tenho sede Tenho sede do toque tenho sede da carne e tenho sede do espírito tenho sede da alma aqui E soluciono uma poção solv.ente mágica convulsiono um pretexto para superar e por baixo me re-baixo aos termos em que se dá a situ-ação Talvez num outro lugar aqui mesmo tingisse tudo de uma cor inesquecível e indescritível do saciado... Soluciono à mim essa desavença que me toma porque eu não a tomo eu não a bebo Ainda alheia me p
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sentido

A dor que punge é aquela que põe pra frente Ao perguntar: pra onde ir? Pra que canto desse mundo colocar meu corpo? E essa elasticidade é como um expandir dolorido, ainda que prazeroso. Porque se propõe a perder-se na imensidão...perder a si mesmo na imensidão de possibilidades de longitudes e latitudes móveis mais ao norte mais ao sul mais ao centro o sentido do filho do acontecimento
Faço o gesto máximo de sentar na cama para escrever um poema Colocar os fones Ouvir Chet Baker Alone Together Pensar Na miríade de almas que atravessam meu caminho e eu o delas Trocando, misturando, marcando com a impressão de um sorriso De uma presença E uma proposta um convite um caminho novo Nesse artístico Brasil imenso adentro Da Mata Brava E além dos meus conhecimentos parcos da música Mais além do além do A Quase chegando num Z Num ômega recomeçante Pois São abundantes presentes Dessa folha que se desenrola em vozes tecidas linhas torcidas planos Contatos de superfície na densidade do que se cria multidimensional Amigos e amigas A marca do sentido que é em si, fugaz Zaz, uma centelha, a fazer desfazer versos como pontos de tricô como renda tramada e assim chegará inebriante a madrugada coroada com o orvalho da manhã fiada no colo do desejo toda brilhante de pingos perfumada de óleos e hormônios e do soar de

aionada

Se alguma coisa eu Uma coisa eu disser De mim se Uma coisa eu disser de mim Eu Direi Da Litania qu’eu ouvi Do Ferraz martelo sob o macio calor Nada farpa à sensação do toque Numa corda que raspa Áspera Mas Se detém ao que sente Aderir Como essa textura na nossa mão Rugosa Sensual Como aqui O teclado ao suor da noite Em uma certa ausência Nada entre duas coisas que se anulam Mas resta? Se eu disser de mim eu vou dizer Que eu Transito esse tempo em duas cidades Esse tempo todo sem entender ao certo cada atmosfera que me envolve e eu respiro Tecer conclusões eu não consigo e me pergunto pra quê mas a voz a voz ...as vozes.... Quem dirão!....eu penso num momento e noutro desaparece a bela frase só ouço as cordas só teço as notas...tentando sair do ideal de música qual minha cadeia de signos pra peça? Tempo dentro Outro tempo Dentro Outro Tempo Dentro Outro Tempo O tempo das

pouso da asa

Faço de uma asa meu pouso Arregaço o céu na área do meu braço Já tenho algumas capitais sobre o pescoço No peito ao gosto da boca o que ainda soa Minha pele Tanto mar....... litoral-interior Brasil subo desço existo neste continente país amanheço outro sentir possuído pelo sal do mar vário do sal da pele do suor dos amigos temperando a noite depois da chuva....à vontade, ventos suaves e poder olhar... pra você...

casa do peito

{zde eidos para eco eros enuncia: escutai os lírios do campo energético} cartografo meu corpo em minhas narrativas vivas de vozes liturgicamente soltas e vorazes e vocalizes e labiodiocésis e as passagens de uma para outro lado a-simetricamente mútua pessoa em casas múltiplas [te reconheci] som-palavra-música-gesto-cor-olhar-coreo corpo(S) grafias o-disse mas essa cardicese: u'ma casa no peito" vc tem... e eu captei muitas ondas................................... muuuitaas.................. vibrações e a-trações e agora de quê falo? o duplo sobre o cortado pura falta repleta reche(g)ada, (ao) recife interior... ... Desterro em folha na ilha toda essa elasticidade do afeto ao inverso do quadrado da distância ou à potência da totalidade do círculo aberto seja isso o que for...

par-a-doxa

Esse amor encontrado Essa transbordância Encheste-me o cálice da vontade Naquilo que flui da vida É como acrescentar ao infinito Um centímetro Ou inversamente É como receber do futuro uma qualidade presente Mas esse ser Esse não ser Des-perto que recebe do futuro ao longe um ante-acontecimento para acontecer na ante-câmara do que ao próprio se destinaria se  já não fosse à essa altura maior e depois  do que poderia de si essa coisa que pulsa esse corpo que vibra em pessoa se des-tinaria a ter esse par-a-doxa  a inventar se em mim e em você