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Entre planos de aulas e aulos de platôs o Plato cheio de montanha harpo no Rio a dor e eu desapareço pra escrever
Nostaljo e melancólo alucinações de que tenho sede e que estorvo e estarvo de fome de saber
Côrvo da mente entre dedos acesos e curvos
E trêmulos
Tenho sede
Tenho sede do poema que me diga o que eu mesma não saberia além de mim quando me chega saber dessas viagens que me vagam dessas faltas que me vacam dessa vacância em vagância intermitente ocupada em que me desaviso me esqueço porque senão... de-morro
E tenho sede
Tenho sede do toque tenho sede da carne e tenho sede do espírito tenho sede da alma aqui
E soluciono uma poção solv.ente mágica convulsiono um pretexto para superar e por baixo me re-baixo aos termos em que se dá a situ-ação
Talvez num outro lugar aqui mesmo tingisse tudo de uma cor inesquecível e indescritível do saciado...
Soluciono à mim essa desavença que me toma porque eu não a tomo eu não a bebo
Ainda alheia me permanece enquanto eu não consigo permanecer e apenas passo
Desse dia do vir que atordoa à quem doer
Temos
Temos
Aqui
Sede
E para mim os sons ‘agressivos’ e de ‘terror’ dos quais me comprazo e me aprazo e me apáguo e me solúcio (e que pra mim não são de medo) são expressão exata dessa atualidade inóspita trans-silvânica em brasa
Assim, valsas e ritmos belos e melodias dóceis de certa forma me desacomodam me atordoam
Prefiro os rangidos incinerados e os grunhidos ríspidos e os garranchos gretados de metal e cordas desgastadas e murmúrios baleeiros de barcas...
Mas sem hóspedes, traçamos nossos passos nas cidades quando
Temos sede
Porque o ar ora é seco ora úmido demais
Porque não há plantas em algumas casas
E de verde
Tenho sede
Da água que penetra e sua
Tenho sua sede de suar assim como soamos
Ficar à margem e essa sede escondida no traçado vértigo do precipício trans-selva atlântica
Estar no limi-ar como lâmina entre mundos desconhecidos
Saber-se estranha a um tempero novo a invadir a boca em não saber reconhecer ainda
O gosto

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