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leve peso



Leva tua análise
Do que te chega como parte
E de-componha tua definição

Eu sigo com meu saber
e minha indissociação
Não há catálogos ou fontes
Só catálises e entres:
A fusão é densidade
 de solução intermedial
que não colapsa, mas entre-cruza
E com-passa
entre dois
re(l)ação

Se pesa a densa in.tensa
Mais peso toma a dist.ância
Que separa o que não se di.lui
Quando tenta de.finir
um “agora sim”
Que trava na entrada
que não entrou
Nem re-vela
Nem re-leva
Só conclui
Louco que usa a razão
E analisa
O que não se analisa
só se desliza e deslinda
Pois as coisas não são vistas
E não são findas
Elas se veem em nós

Não somos nós que vemos o outro
Muito menos vemos
Se apenas a nós, procuramos
No jogo cego do olho
de imagens em projeção
no que no outro não somos
e nem outro ele é, quando projetamos
a imagem do eu

Percebe
O mais pesado dos sólidos
No mais sublime
dos corpos cósmicos
Gravitando: o sol
Estrela de pe(n)so fogo
Margem sem limiar
Denso rio 
que caudalosa em círculos
Flui labaredas extensas
Extrai liquefeitos metais
Fusiona em espiral
Uma poção

Embora pareça leve
esse co(r)po
Pe(n)so que pode
ser só aparição
Que fumega e esfumaça
Miragem da ilusão

Eu, que te diria: acorda!
Porque eu, embora ébria...sigo desperta
Pro real...pra beleza, pra intensa correnteza
do que se passa no meio e pesa
 e flui...ruindo margens externas
e ex-tensas
Pois o meio é enlace,
e  nesse rio em que tudo passe
não só de águas enxágue,
mas também de pedras roladas
seixo
que pese o chão
pois o caminho é das pedras,
não?

Porque o meu peso é real
e é jogado
no peso que me é dado
Que cabe ao que viva, válvulo
como um todo todisso
indis-sócio e raso
Peso do passo que aprofunda meu ralo
Tórus de riso e gravitação

E real é a entrega
E real é a descoberta
E real é a porta aberta
E real é dizer com asa
E não censurar a brasa
E deixar queimar a toxa
E ouvir o canto da voz
E dar uma chance
ao que não se fecha
Mas conecta
De modo in-igual
Diferente para cada um

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