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na passagem


Lindos olhos de grande brilho
fêmea que eu fêmeo
em femínimas digitais

é a loucura santa que te espelho
e em teu profundo dis-curso
me per-co'rpo
até incorporar
um novo gozo
depois do turbilhão
passado
nesse passo que se atualiza todo
descalço

lindos dois espelhos
aguásseis que rolando moreno
perito geleira crosta deslizamos
e amassamos
alguns territórios
terríveis tórridos
poderes
exteriores

que de um novo amor brotam novas terras
sólidas e férteis e potentes
alisadas pelo franco branco bloco sólido
e desenhadas linhas na fug'agem surgem
aonde uma vez passamos
desapercebidas da paisagem
sonora
agora
visual
cheirosa
tátil
sentida
amada
concebida
na passagem


um homem beija duas árvores
e no que o beijo fixa
desenrola a viragem
rola abaixo
entre -perdido na ramagem
nada se explica
ao (do)que caiu(-se em si)

a queda por si só
mostra o fundo
e o fundo do fundo
deve ser o topo
da tampa do mundo
do Z absurdo
Deleuze dobrado
em nós

Gênese rotundo
maçã ritornelo
árvore do amor
dentro de uma queda
mulher
e gravidade
na lei
atomizada de nãos seis
Idade Medializados
em in-experiências
cognitivas inexistências
trocando fluídos zen
alternando
camadas sem extratos

mas como milles de afetos
eu mulher
na perplexidade  da claridade
me recomponho em alfabetos
(cosmogonia reconstruída)
e peço
como quem tira o peso,
um condão de perdão
uma rocha de afloramento
uma flor'a que desab'rocha
em novo z'en
atual i
z(er)ado

Comentários

  1. "é a loucura santa que te espelho"

    olhaberto expande cada palavra somos (n-essas) passagensZzzzz(s) paisagens pra refletir o que chama em nós não pode apagar... deleuzeando poderes e externos;re voltas; a mar aberto; a mar agitado após a calma-ria...rio para flores e pedras e chás e ri(o)torn elos, nossa persona em fluidos Zzzen!

    Ana Paula

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